top of page

Panorama Político | 17 de Março de 2023

17 de Marco de 2023

Foto: Carlos Humberto/SCO/STF

COMEÇA O MOVIMENTO POLÍTICO PARA SABER QUEM VAI OCUPAR A VAGA DO MINISTRO RICARDO LEWANDOWSKI NA SUPREMA CORTE

Com a aproximação da aposentadoria compulsória do Min. Ricardo Lewandowski (STF), que completa 75 anos em maio deste ano, iniciam-se as movimentações políticas para a definição de seu sucessor. Entre os principais cotados para a indicação do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à cadeira do Supremo Tribunal Federal (STF), encontram-se: o advogado Cristiano Zanin, patrono da defesa do Presidente da República nos processos referentes à Lava Jato; e o advogado Manoel Carlos de Almeida Neto, atual diretor jurídico da Companhia Siderúrgica Nacional (CSN) e candidato apadrinhado pelo próprio Ministro Lewandowski, em razão de ter sido seu assessor.

Ainda, durante a semana, no Senado Federal, foi objeto de tensão o debate sobre a necessidade de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigação dos atos antidemocráticos, ocorridos em 8 de janeiro. Na manhã desta terça-feira (14), o Presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), por meio da Advocacia do Senado, apresentou ao Ministro Gilmar Mendes (STF), sua justificativa para não ter dado prosseguimento ao requerimento da Senadora Soraya Thronicke (União-MS) sobre a abertura da referida CPI. Segundo manifestação do Presidente do Senado, “o requerimento foi apresentado na legislatura passada, e há disposições regimentais, cuja interpretação impedem seu prosseguimento automático”. Na sessão de quarta-feira (15), contudo, Pacheco concedeu o prazo de 48 horas para os Senadores subscreverem o requerimento para investigar os atos de invasão às sedes dos Três Poderes em Brasília.

Outro ponto de tensão, ocorrido esta semana, no Legislativo Federal, foi o debate sobre a delimitação do procedimento acerca da análise legislativa de Medidas Provisórias (MPs) do Poder Executivo. Nota-se que, em razão da pandemia, as MPs passaram a ser votadas, de forma direta e em separado, pelos Plenários de cada Casa Legislativa. Ocorre que tal procedimento contraria previsão constitucional, a qual determina que as MPs devem ser apreciadas por Comissões Mistas — ou seja, formadas tanto por Deputados quanto por Senadores.

Nesse sentido, o Presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), assinou ato para a retomada do funcionamento desses colegiados, o qual, no entanto, não foi assinado pelo Presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), o que paralisa a análise de algumas MPs do Poder Executivo. Acredita-se que a inércia de Lira se dê em razão do poder de negociação política com o Governo, dado seu poder de controle de pauta do Plenário da Câmara dos Deputados, para apreciação das MPs pelo regime atual.

Em decorrência desse impasse político — para além da impetração de Mandado de Segurança, pelo Senador Alessandro Vieira (PSDB-SE), no STF, “em face da omissão do Presidente da Câmara em retomar o rito constitucional das medidas provisórias” —, diversos Senadores articulam a aprovação de uma PEC, a qual preveja a alternância entre Câmara e Senado na tramitação das medidas editadas pelo Executivo e o fim das Comissões Mistas.

Por fim, sobre os debates ocorridos na Câmara dos Deputados, após semanas de impasse, a Casa Legislativa concluiu, nesta quarta-feira (15), a instalação de suas Comissões Permanentes. Entre as principais mudanças, destaca-se a criação de 5 novos colegiados: Comissão da Amazônia e dos Povos Originários e Tradicionais; Comissão da Saúde; Comissão do Trabalho; Comissão de Desenvolvimento Econômico; e Comissão de Comunicação. Com isso, vale destacar que, com a instalação das Comissões Permanentes na Câmara dos Deputados, também houve designação de seus respectivos Presidentes, o que interfere diretamente no jogo político e na governabilidade do atual governo.

Oportunamente, registra-se que, embora o partido governista (PT) tenha angariado a presidência de 4 Comissões — entre elas, a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJC) —, o seu principal opositor, o PL, partido do ex-Presidente Jair Bolsonaro, conquistou a presidência das Comissões de Fiscalização Financeira e Controle; de Saúde; de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado; do Esporte; e de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família. Com efeito, esse cenário demarca relativa insegurança sobre a governabilidade do Presidente Lula, a qual deverá ser contornada por uma atuação pragmática na Câmara, visto que não possui maioria no Plenário da Casa tampouco na composição das Comissões, em geral.

Obrigado pelo envio!

Entre em contato

Email: contato@maltaadvogados.com

Tel:  +55 (61) 3033-6600 | 3033-6686

Passe o mouse

Malta_Simbolo_RGB_Principal_FundoTranspa

Tel:  +55 (61) 3033-6600 | 3033-6686

Entre em contato

bottom of page