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Panorama Político | 23 de Fevereiro de 2024

23 de Fevereiro de 2024

Foto: Fellipe Sampaio /SCO/STF

EM SEMANA DE PROTAGONISMO, FLAVIO DINO TOMA POSSE COMO MINISTRO DO STF

Nesta quinta-feira (22), Flávio Dino tomou posse como Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). A cerimônia foi presidida pelo presidente da corte, Luís Roberto Barroso, e contou com a presença dos presidentes da Câmara dos Deputados, deputado Arthur Lira (PP/AL), e do Senado, senador Rodrigo Pacheco (PSD/MG), bem como do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), além de diversas outras autoridades. Após a solenidade, Dino participou de uma missa na Catedral de Brasília.

Indicado ao STF pelo presidente Lula em 2023, o novo membro da corte já ocupou os cargos de juiz federal, deputado federal, governador do Maranhão, ministro da Justiça e Segurança Pública, e foi eleito senador em 2022.

Na terça-feira (20), Dino utilizou a tribuna do Plenário do Senado Federal para se despedir de seu mandato como Senador da República.

EX-PRESIDENTE BOLSONARO PRESTA DEPOIMENTO NA POLÍCIA FEDERAL NESTA QUINTA-FEIRA (22)

O ex-presidente Jair Bolsonaro e outras 22 pessoas prestaram depoimento à Polícia Federal nesta quinta-feira (22) no âmbito do inquérito "Tempus Veritatis", que investiga um suposto plano para manter o presidente no cargo. Após a divulgação de um vídeo em que, durante uma reunião ministerial, discute-se a descredibilização das urnas eletrônicas, a força policial apura se membros do governo e aliados pretendiam redigir uma minuta que decretaria estado de sítio com o objetivo de impedir a posse do presidente eleito. A defesa do ex-presidente tentou adiar o julgamento por três vezes, mas o ministro Alexandre de Moraes, relator do inquérito no Supremo Tribunal Federal (STF), negou os pedidos. Contudo, a orientação da defesa seguida pelo ex-presidente foi a de permanecer em silêncio durante a oitiva.

A REPERCUSSÃO DA FALA DE LULA SOBRE A GUERRA ENTRE ISRAEL E HAMAS

No domingo, o ex-presidente Lula novamente condenou as ações de Israel na Faixa de Gaza. O líder brasileiro comparou os eventos que afetam o povo palestino ao genocídio cometido por Adolf Hitler contra os judeus durante a Segunda Guerra Mundial. A declaração teve repercussões tanto nacional quanto internacionalmente.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, repudiou veementemente as declarações de Lula, afirmando que o presidente brasileiro deveria se envergonhar de suas palavras e o declarou persona non grata em Israel. A conta oficial de Israel no X, antigo Twitter, foi além ao acusar Lula de ser um "negacionista do Holocausto".

No cenário político brasileiro, as opiniões divergiram entre os agentes políticos. Os apoiadores do governo defenderam Lula ou, pelo menos, optaram por não comentar sobre o assunto. A oposição, por sua vez, foi contundente ao atacar o presidente da República. Um pedido de impeachment na Câmara dos Deputados, liderado por Carla Zambelli (PL/SP), recebeu assinaturas de 140 deputados.

A expectativa é de que o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP/AL), não leve adiante o documento. Lula e Lira se encontraram na quinta-feira (22), durante um happy hour para líderes partidários e ministros, no qual o presidente afirmou que a relação entre Executivo e Legislativo será ainda mais positiva em 2024, e planeja mais encontros com parlamentares para discutir os rumos do Brasil.

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